terça-feira, 14 de agosto de 2007

Em algum lugar de mente. Parte 1



... quando Andrey saluk deu conta de si mesmo estava escurregando em um túnel brilhante e metálico. "AUX" era o que escuta. Vinha de toda parte a sua volta aquela voz estranha. "AUX". As vezes pensava que a voz ria, mas as vezes lhe chegava como um gemido. Ele descia em um túnel ingreme em alta velocidade e, ao mesmo tempo que estava muito rápido, não sentia qualquer atrito vindo da superfície em que deslizava."AUX". Muito tempo havia se passado e ele continuava a descer. Tentava se lembrar dos últimos momentos antes de entrar naquela situação. Não conseguia. Tudo soava muito parecido na vida extremamente cotidiana que levava antes de estar ali, ou pelo menos achava que tinha levado. Enquanto pensava nisso, a descida do túnel começava a ficar mais íngreme e cada vez mais íngreme, tão ingreme que andrey começou a descer em queda livre. Enquanto o túnel incrivelmente veloz e brilhante passava a sua volta, ele pensava que aquilo não podia estar acontecendo com ele. “AUX”. Andrey estava voando. Seu desespero o fez soltar um grito que assustou até a ele mesmo. Entrou em estado de choque. De olhos fechados pensou por um momento que não estava ali.”AUX”. Aquilo o relaxou. O desespero voltou por um momento mas ele conseguiu se controlar. Fechou os olhos e tentou imaginar novamente que não estava ali. De repente percebeu que não havia corrente de vento a sua volta. Por estar caindo, teria que sentir algum vento em seu rosto. Pensou em mil possibilidades para aquilo estar acontecendo, pensou até que poderia estar morto, até que desistiu. Seu corpo estava exausto. Desmaiou. Nesse momento o túnel começou a se curvar novamente. O corpo de Andrey começou também a desacelerar lentamente até que parou. O túnel não havia acabado, aquele era apenas o fundo. Ele continuava subindo, mas Andrey não sabia pois permanecia inconsciente. Alguns segundos se passaram e uma portinhola se abriu no túnel bem ao lado de Andrey. Eram médicos. Uma comição apludia com vêemencia e esperava eufórica e clamava aseus vigorosos pulmões pelo desacordado e desavisado herói de algo que ninguém conseguiria explicar em poucas páginas.